Ouricuri-PE: Feira livre

Fonte:Lvro:Ouricuri:História e Genealogia,Raul Aquino, 1982.

A feira semanal de Ouricuri parece datar dos primeiros anos da povoação, possivelmente em torno de 1850 vez que se tem notícias de uma feira já estabelecida em 1860 quando da ocorrência do crime do delegado da povoação capitão do Exército, Domingo Alves Branco Muniz Barreto. Neste ano atravessava-se grande estiagem e comboleiros levavam nossos produtos para regiões distantes, atacando nosso pequeno comércio. Criavam assim dificuldades para o abastecimento do povo que adquiria os gêneros alimentícios semanalmente na feira.

Em 1912, o prefeito Antônio Pedro da Silva, construiu o primeiro mercado público na antiga praça da Matriz, para onde deslocou a feira vez que a Rua da Baixa tornava-se lamacento nos períodos invernosos. Era um prédio amplo localizado em frente e á distância da Igreja, com várias portas abrigando bem os feirantes de então. Ao lado, seguindo o alinhamento da cadeia, demolida depois para a construção do edifício da Prefeitura, pela margem esquerda da Igreja, construiu também o mercado de carne, que depois transformada na casa comercial de Fábio Lins e Filhos.

Em torno de 1920, o prefeito Anísio Coêlho Rodrigues aproveitando o alinhamento do açougue, construiu anexo, outro mercado público, maior, demolindo o primeiro, já pequeno, deixando livre a praça que por lei municipal recebeu a denominação de praça Padre Comendador Francisco Pedro da Silva, em homenagem ao fundador da cidade, que teve também seu busto colocado ao centro, peça em bronze, esculpida em São Paulo conforme indicação do coronel Anísio Coêlho Rodrigues que a encomendara através de seu parente Sebastião da Silva Coêlho (Seu Lé), oficial reformado da Força Pública de São Paulo.

Em 1937, na gestão do prefeito Fernando Idalino Bezerra, este mercado foi ocupado por um motor que fez a primeira iluminação elétrica da cidade e por uma máquina de pecuária de Ouricuri , depois mudada para para outro local. Vindo o prédio do mercado a ser transformado em cinema, representação teatral e depois, num depósito da prefeitura.

Na feira, eram comercializados produtos diversos, como o feijão verde, frutas, verduras, legumes roupas, sapatos, alimentos, bebida, e outros produtos. Onde os matutos faziam à festa, vinham comprar, se divertir, paquerar, e se informarem sobre os acontecimentos do município.

Os feirantes voltaram à Praça e foram se espalhando em frente da Igreja.

Atualmente, essas feiras são diárias na cidade.