Hoje, o rei do futebol completa 70 anos de vida e de muito sucesso!
Nascido em 23 de outubro de 1940, Edson Arantes do Nascimento se tornou o brasileiro mais conhecido do planeta através da sua alcunha.
Todo brasileiro já ouviu ao menos uma vez em sua vida o nome "Pelé". Acontece que a origem da alcunha passa batida frente às conquistas alcançadas pelo jogador de futebol três vezes campeão mundial que a carrega. Este é um capítulo da história de Edson Arantes do Nascimento que poucos conhecem.
O fato é que Pelé não nasceu nem mesmo Edson: o seu pai, João Ramos do Nascimento - conhecido como Dondinho -, ao registrar o nome do filho resolveu prestar uma homenagem ao inventor norte-americano Thomas Alva Edison. Posteriormente, por razões estéticas particulares, o Edison virou Edson.
Já a origem do apelido é um pouco mais divertida. O pequeno Edison costumava acompanhar o seu pai às partidas do clube em que Dondinho jogava, o São Lourenço de Três Corações (MG), cidade natal do rei do futebol. Neste time havia um companheiro de Dondinho chamado Bilé, que era goleiro e empolgava o juvenil torcedor que mais tarde, ironicamente, seria o terror dos arqueiros ao redor do mundo. Das arquibancadas, Pelé gritava: "Defende Bilé!".
Estes gritos se transformaram em apelido durante as partidas de Pelé em campinhos ou nas ruas. Nem todos os seus companheiros conseguiam pronunciar "Bilé'', e então chegou-se a uma pronúncia comum, o famoso "Pelé''. Nestes jogos de infância o atleta do século foi algumas vezes escalado para jogar no gol, o que endossa a teoria de que a alcunha foi transmitida do goleiro-ídolo do time de seu pai.
Com cinco meses de vida, o craque tinha uma saúde perfeita. Na igreja mais antiga da cidade, o sol ilumina os vitrais que encantam com o seu colorido. É seis de abril de 1941. A pia batismal de mármore carrara está a espera do pequeno notável. A camisola branca, maior que o corpo do barrigudo do garoto, chama a atenção dos presentes.
— Ele era bem feinho quando criança. Mas não deixava de ser querido. E quando o padre colocou a água benta na cabecinha dele, só se ouvia um forte choro ecoando no lugar — conta a simpática madrinha Maria de Lourdes Nogueira, de 88 anos.
Da igreja matriz até a casa de Pelé são apenas dois quilômetros. A moradia, com um tom suave de amarelo, não muito alta e com nove janelas, nunca mais foi a mesma. O primogênito veio para alegrar a vida de Celeste e Dondinho, então jogador de futebol do Atlético. Nos 1.300 metros quadrados, três lindas e grandes jabuticabeiras enfeitam o quintal. Entre as curvas das árvores com saborosas frutas roxas, a bola de borracha não saía dos pés do ainda menino Edson.
Na infância simples e sem luxo, o futuro craque brincava de pique e era um garoto comum como qualquer outro na sua idade. Dona Nedir Lemes de Sá lembra vagamente dos primeiros três anos da década de 40. Vizinha de Pelé e dois anos mais velha que ele, a senhora gentil de cabelos branquinhos conta como a criançada dominava a rua.
— Eu morava na rua de baixo. E o Pelé e seus primos sempre brincavam comigo e com os outros vizinhos. Jogávamos peteca e bola, era uma festa só — conta a senhora, que hoje mora em frente ao terreno onde será construído um museu para o jogador.
Foram apenas três anos e meio de convivência dentre os 70 anos de vida em Três Corações. São Lourenço abrigou o craque por mais um ano e meio. Até que Bauru, no interior de São Paulo, abriu os braços para recebê-lo. Assim começou a história de Pelé e seu reinado no futebol.
Foi tricampeão do mundo pela Seleção Brasileira, conquistando o caneco nas edições de 58, 62 e 70. Pelé foi o jogador que mais marcou gols na história do futebol, 1.284, sendo que destes, 95 foram pela seleção canarinho.
Em clubes, Pelé só vestiu de forma oficial no Brasil a camisa 10 do Santos. Conquistou pelo peixe 11 Campeonatos Paulistas, duas Taças Brasil, quatro Torneios Rio-São Paulo, uma Libertadores da América e duas Copas Intercontinentais. Pelo Santos, Pelé marcou 1091 vezes.
O mais importante gol da carreira do Rei aconteceu no Maracanã, em 19 de novembro de 1969. Santos e Vasco jogavam pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, quando aos 33 do segundo tempo, Renê, zagueiro do Vasco, cometeu pênalti. Pelé cobrou, no canto direito do goleiro argentino Andrada e marcava ali o seu milésimo gol.
Em homenagem ao Rei, a rodada deste fim de semana do Brasileirão terá o seguinte nome: Rodada Pelé 70 anos.
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