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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Desemprego emocional

O homem dos dias atuais não trabalha apenas para sua subsistência, mas para sustentar caprichos e tecnologias criadas para facilitar a vida em sociedade. Mas administrar tudo isso passa a ser um grande problema quando, sem trabalho, a fonte de renda seca e toda parafernália moderna torna-se quase inacessível. Se perder o emprego é ruim, revelar a nova situação à família pode ser ainda pior.

A dificuldade financeira transforma-se em papel coadjuvante diante do constrangimento da perda do status social. E se o cargo ocupado era muito importante, a vergonha pode levar a atitudes extremas para encobrir o problema e mascarar a realidade. Com medo do julgamento, alguns mantêm a rotina de horários para evitar contar a verdade. Passar o dia em shopping certers, cinemas e parques é uma opção para aqueles que preferem viver uma farsa a encarar a real condição.
Como se não bastasse a batalha para conseguir outra ocupação, um degredo comportamental passa a existir entre desempregado e sociedade. Está em jogo a capacidade, força de vontade, currículo e objetivos do novo candidato. O sentimento de impotência quando se está fora do mercado de trabalho atrapalha não só o aspecto psicológico, como suas relações interpessoais. De uma hora para outra, o desempregado perde o sobrenome institucional:Fulano de tal, da empresa x. O isolamento é uma sequência muito provável. E,, com ele, a dificuldade de recolocação torna-se evidente.
O que fazer então? Em síntese, refletir, agir e aprender, considerando que o desemprego pode excluir a pessoa do convívio social, mas também pode ser a hora certa de investir no crescimento pessoal e profissional. E o momento perfeito para buscar a reciclagem por meio de cursos , ou até mesmo de tomar a decisão de mudar de ambiente profissional, se a satisfação e a realização não forem mais as mesmas do início de carreira. Enfim, é o instante para olhar para dentro e procurar ali as respostas que irão direcionar o caminha a seguir.
Essa também é uma ótima fase para estreitar os laços familiares - seja com os filhos ou com o companheiro - na tentativa de recuperar o tempo perdido em reuniões e horas extras deixadas no escritório. Fazer a lição de casa com as crianças, ir ao parque, cuidar do corpo, relaxar a mente, diminuir o ritmo podem ser bons impulsos para a solução do problema. O desespero nem sempre é bom conselheiro e o tempo é o melhor remédio. Só não podemos deixar esse tempo passar em vão, "esperando Godot".
A melhor solução diante do estresse do desemprego é o positivismo. Ver com bons olhos a demissão pode render bons momentos em família, com os amigos, trazer benefícios ao corpo e à mente. Esse conjunto de fatores permite construir a tão almejada qualidade de vida. Cria também condições emocionais mais favoráveis para uma boa empregabilidade , podendo significar uma nova colocação ou uma outra carreira, como empresário, consultor e profissional autônomo.
Por: Nelson Moschett (revista: Showroon)

3 comentários:

Anjo Sedutor disse...

Anjo meu!
Estás linda demais na foto do perfil!
Gostei muito do teu blog! Parabéns pela escolha dos assuntos!
Te espero no meu céu!
teu Anjo

Pelos caminhos da vida. disse...

E qtos passam por esse desemprego emocional hein...

Obrigada pela sua companhia Maria Adeladia.

beijooo.

Maria Adeladia disse...

Obrigada a todos!
Sucesso, queridos!

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